Com as cicatrizes do tempo, dos meandros da exclusão mas também da sabedoria das viagens, unimo-nos em Movimento.
Das ruas e das dificuldades sócio-económicas pausamos para nos ouvirmos, aprendemos uns com os outros, descobrimos o mundo com os olhos de todos. E para conjugarmos na realidade ideais como reciprocidade e solidariedade, unimos o activismo e a cidadania.
A vida que nos enviou à rua, às lágrimas e à solidão e a incapacidade das instituições e da própria família de nos auxiliarem pode resultar em largos anos para voltarmos a ter luz nos corações, pois além do teto e da alimentação existem elementos materiais e imateriais que todos queremos realizar.
Na nossa fragilidade, idealizamos um mundo que nem sempre é possível.
Apreciamos a chuva a beijar a terra, o amor que é uma flor a abrir, o que a arte e a cultura nos oferecem.
Por fim, lutamos pela nossa autonomia, a acreditar nos sonhos, a não desistir, a persistir e também a olhar para o chão e ver quem lá está.
Sabemos que a felicidade não tem preço.
Texto do Movimento Uma Vida como a Arte